domingo, 28 de novembro de 2010

Um dia em branco... Acontece


Na tarde do dia 27, mais uma curta jornada de caça á codorniz acompanhado pelo meu pai e pelo amigo Arlindo. Depois de um almoço farto e bem regado, saímos para o campo com ganas de dar com as codornizes, acompanhados pelas nossas estrelas mais cintilantes pois não há que facilitar, a época já vai avançada e as codornizes sábias e engenhosas tentam escapar-se aos cães. Saímos na direcção dos cardos onde nos tinham indicado que andavam as codornizes. Andámos 250 metros e eis que sai a 1ª na frente da troya morta pelo Arlindo e  cobrada pelo cachorro Tody, seguimos a contornar os cardos e mais um tiro, desta vez foi o meu pai que abateu mais uma que se escapava à Borboleta. Sigo na direcção de uma vala, a cadela agitada e eis que esta entra em mostra, uma daquelas que faz acelerar o coração e nos faz tremer por momentos, mando avançar a cadela e sai uma perdiz linda e sortuda porque este não era o seu dia, andavamos atrás das suas parentes mais pequenas. Seguimos caminho de novo, os cães muito agitados, tentativas de paragem sucessivas, avançámos mais 50 metros e solta uma que é abatida a meias pelos meus companheiros, já a chegar ao carro depois de todos os cães passarem, sai uma aos pés do Arlindo que este abate com facilidade. Mudamos então para outro local. Os cães continuam a trabalhar bem e o Sr. Arlindo abate mais duas ( hoje era o dia dele estava com a mira quente ), é então que a minha Laidy faz uma paragem ,a codorniz sai na direcção do meu pai que com um erro de principiante vinha na nossa direcção, a pior coisa que se pode fazer na caça da codorniz, o que me impossibilita o tiro, sorte que esta cruza na direcção do Arlindo que com um tiro a abate já a uma boa distância. Logo de seguida duas outras paragens da Laidy ,as codornizes saiem e vão de encontro ao chumbo que lhe espalhei pela frente mas inexplicavelmente não consegui, apesar da insistência, cobrar nenhuma delas já devido à falta de visibilidade, de sorte e inspiração. Há dias assim, que as coisas não nos correm como queremos, melhores dias virão. No final 5 codornizes cobradas pelo Arlindo, 2 pelo meu pai e eu limitei-me a ver o excelente trabalho dos cães, no fundo o que mais gosto e o  porquê de gostar tanto da caça.         


O  Tody

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mais uma jornada às codornizes

No dia 21 mais uma jornada de caça às codornizes! O tempo estava agradável, um pouco fresco, vento fraco e a ameaçar chuviscos. Acompanhado pela Laidy e Borboleta e o amigo Arlindo pela Princesa e Troya, decidimos explorar um sítio que ainda não tínhamos caçado, pastos rasteiros com algumas zonas sujas junto á ribeira. Sem sucesso subimos um pouco para a vegetação mais alta e húmida, e eis que sai a primeira muito á frente dos cães à qual faço um tiro largo sem sucesso. De repente salta outra que abato ao primeiro tiro sem dificuldade e a cadela cobra na perfeição. Continuamos a bater a vegetação alta e no final, numa zona mais limpa, eis que a Borboleta entra em mostra e a Princesa e Troya fazem o patron, lance bonito culminado com um tiro limpo do amigo Arlindo e cobro da Borboleta. No entanto o tempo ameaçava chover e com a escassez de codornizes decidimos regressar ao carro. No caminho, lugar para uma paragem da Laidy que abato ao primeiro tiro, logo de seguida pelas minhas costas ouço um tiro, foi o amigo Arlindo que também conseguiu abater mais uma tirada pela Troya. Já chovia quando chegámos ao carro para nos deslocarmos para a zona onde costumamos caçar habitualmente. Á chegada decidimos bater, sem resultados, uma zona mais verde e vegetação mais baixa só depois avançámos para a zona dos pastos mais secos e altos que é onde os nossos cães trabalham melhor. Há entretanto uma paragem da Laidy que á segunda tira uma, que abato ao primeiro tiro sem dificuldades. A Troya tira uma de “encalhão” à qual faço dois tiros largos e cobro 70 metros mais à frente morta. Depois mais dois lances certeiros do amigo Arlindo, um dos quais uma paragem linda da Princesa junto ao barranco que é cobrada apenas ao terceiro tiro. Seguimos junto á ribeira, os cães agitados e eis que rompe mais uma que cai ao primeiro tiro do amigo Arlindo. Os cães correm para o cobro e levantam outra que mando abaixo ao segundo tiro e a Laidy cobra com dente firme, perdemos um pouco à procura da primeira e eis que, qual olho de lince, o senhor Arlindo a avista no meio da vegetação bastante densa e à entrada das silvas. Quase no final dos pastos decidimos regressar porque a noite já se aproximava. Andados 150 metros e enquanto o meu companheiro falava ao telemóvel, tenho 3 lances seguidos, 2 paragens lindas da Laidy e uma que saiu na frente das cadelas. Feitos os cobros continuo e comento que na caça não se deve usar o telemóvel porque distrai e faz perder a concentração ao caçador. Juntamo-nos mais um pouco para tentar fechar mais o terreno, cobro mais uma sem história ao primeiro tiro, ao Arlindo  escapou-lhe uma com sorte (o fulminante picou mas não acendeu o cartucho) de seguida outra que a minha cadela descobriu  a Princesa faz a paragem e a Laidy tira, 3 ou 4 metros mais á frente, e á qual o amigo Arlindo faz 2 tiros atribulados sem sucesso, sem esperar rompe outra á frente das cadelas que escapa devido já há falta de visibilidade, à qual o meu colega já só faz um tiro. Três que ficam para a semana. No final, cobrei 10 e o Arlindo 6, mas isso é o menos importante. Os cães mostraram-se ágeis e trabalhadores sobre as já esquivas e difíceis codornizes, destacando-se a Laidy e a Princesa, esta hoje menos exuberante e fazendo algumas falsas paragens a pássaros o que é sempre desagradável. A Troya mostra progressos e a Borboleta continua muito enérgica e sem ouvidos. Os caçadores muito acertados e compenetrados mostraram camaradagem e eficácia, é sempre um prazer caçar entre amigos. Para a semana é o fecho, assim o tempo o ajude. 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um dia atribulado

No dia 13 fui convidado pelos amigos Arlindo e Francisco,para os acompanhar em mais uma jornada de caça ás codornizes. O tempo estava óptimo para esta modalidade, sentia-se uma brisa fresca , vento fraco e temperatura amena o que ajuda a busca dos cães. O Sr. Arlindo estava acompanhado pela Princesa e pela Tróia, e o sr. Francisco pelo Pintas e por um cachorro de 5 meses que se encontra a dar os primeiros passos na arte cinegética, eu trouxe a Laidy e o Vicky. Começámos a bater os pastos onde sabíamos que era mais difícil encontrar aves, para castigar um pouco os cães cortando-lhes um pouco do ímpeto inicial para ficarem mais a geito. As primeiras mostraram-se um pouco esquivas, saindo bem á frente dos cães. A época já vai longa e os animais vão aprendendo. Dos primeiros 5 levantes, umas por saírem um pouco largas, outras por falta de pontaria, foram sem sucesso, o que deixava os cães já um pouco nervosos. A minha cadela vendo que ao contrário do que é habitual, não me encontrava munido de arma mas sim da máquina fotográfica ,andava um pouco amuada e seguia por vezes atrás de mim recusando-se a caçar ,talvez a pensar : “é com isso que pensas matar algo?”.  No entanto, incentivada por mim, lá se entregou à luta e de repente lá rompe a primeira que a Princesa cobrou na perfeição. A seguir um bom momento paragem da Princesa, seguido de guia e á 3ª lá tira a codorniz que é abatida ao primeiro tiro na perfeição. Depois a minha cadela decide abrir o livro e faz 2 ou 3 bons lances seguidos, que inexplicavelmente foram desaproveitados. A culpa ,ouvi dizer que era  falta do café de manhã , já lhe ouvi chamar outra coisa :). Decidimos então dar um pouco de descanso aos cães e bater uma zona mais limpa e de vegetação mais baixa, onde saem algumas.  Depois de mais alguns desacertos lá o pessoal começa a afinar a pontaria e se cobram 2 ou 3 levantadas pela minha cadela ao que a princesa respondeu com um cobro difícil, no fundo do barranco cheio de vegetação e água. De seguida, o momento do dia: uma paragem da princesa ,seguida de um patron  da Tróia, guia e cobro um momento lindo...  No fundo o que nos faz levantar da cama às 2 ou 3 da manha, percorrer 200 ou 300 km com tanta alegria e entusiasmo! Depois de mais alguns desacertos alguns escândalosos, diga-se, voltámos aos pastos altos e pouco terreno percorrido, a Laidy surpreende-nos com uma paragem linda mas de curta duração que o amigo Arlindo abateu ao primeiro tiro sem dificuldade. Mais á frente, outra paragem linda na direcção de uma oliveira, seguido do levante no outro lado da árvore, abate e cobro. Ainda não tínhamos recuperado o fôlego deste lance, eis que a Princesa entra em mostra seguindo-se o levante de um casal, das quais apenas cobrámos uma, morta pelo Francisco, depois de mais um falhanço do amigo Arlindo, é assim calha a todos, melhores dias virão  um dia é da caça outro do caçador. No final 10 codornizes, cobradas 8 pelo amigo Arlindo 2 pelo amigo Francisco, mas isso é o menos importante. Nas estrelas destacaram-se a Princesa e a Laidy com diversas paragens e cobros de belo efeito, fiquei bastante agradado com o  cão do Francisco revelando muito sangue e vontade, mas demonstrou um pouco de inexperiência no domínio das codornizes, os pequenotes já andam com desenvoltura e mostram que não receiam o terreno. A caçada foi finalizada no café do Zé Teles onde confraternizamos um pouco. Até à próxima ….